Os rituais de Outono fazem parte de mim desde que existo…
Só, inicio a apanha dos frutos da minha vida (espero que sejam doces e suculentos)
fecho um capítulo e abro um novo livro
na minha ânsia de recomeçar faço o meu próprio funeral
sonho que sou fantasma
e como fantasma que sou inicio esse novo ciclo da minha existência
(e agora, um prenúncio de esperança cintila no escuro...)
GÁRGULAS
Ah, AH... Reflexões num claustro "habitado" por seres fantásticos

SMITHS E PRÉ-ADOLESCÊNCIA
(press PLAY to listen)
Há uns anos atrás a minha irmã (eu com 12 anos, ela com 21) diria: lá estás tu a ouvir essa porcaria de música neuro-depressiva, caraças! Se assim fosse eu sentar-me-ia na minha cama a saborear chocolates e a ouvir impávida e serena a música, alheia às suas provocações e possivelmente responder-lhe-ia entre-dentes e sem lhe dirigir o olhar: eu gosto de música neuro-depressiva (o que é isso exactamente?).Entretanto tentaria tirar a letra da canção “Take me out” dos Smiths que iria acabar inevitavelmente por sair uma grande inglesada (que experiência tão, tão, poderei dizer “criativa”?). Os meus irmãos, todos eles substancialmente mais velhos que eu limitar-se-iam a gozar e a cantar-me as músicas segundo a minha interpretação, enquanto eu, protegida pelo lugar de maninha pequenina, dar-me-ia ao luxo de declamar patetices dos Smiths e do Lloyd Cole conforme bem entendesse. Haviam também os Violent Femmes, os Housemartins (Santo Deus, terá sido assim há tanto tempo que eu já não me consigo lembrar do seu nome?), os Proclaimers (estou a falar na minha pré-adolescência) e enfim… houve mais, muitos mais. (Se é verdade que a música define de certa forma algumas orientações pessoais, que raio de pessoa serei eu?).
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